Discutir Design Thinking é focar no entendimento das pessoas: clientes, consumidores, parceiros, influenciadores, e até sabotadores. Somente com esse entendimento é possível criar produtos, serviços e negócios que atendam às reais necessidades dos usuários e stakeholders. Existem várias ferramentas para obter esse entendimento, e a principal delas é uma prática antiga: o diálogo.
Conversar parece simples, mas é mais complexo do que aparenta. Observando as inúmeras ideias geradas na plataforma Avantt.i, notamos uma dificuldade geral em criar uma conexão autêntica e imparcial com as pessoas para entender profundamente seu contexto e necessidades. Não estamos falando de entrevistas rápidas com questionários fechados, mas de conversas profundas que duram 30 minutos ou mais, permitindo uma verdadeira imersão no contexto estudado.
Essas conversas são catalisadoras excelentes de aprendizado, ajudando a validar oportunidades ou a entender se determinada direção faz sentido, com um baixo investimento de tempo e recursos em comparação com grandes pilotos que podem custar milhões. Precisamos reaprender a ter boas conversas, uma habilidade essencial para equipes de inovação avançarem na criação e execução de novas soluções.
No processo de design, utilizamos entrevistas em diversos momentos, especialmente no início e no final, cada um com objetivos diferentes. O conceito do "Diamante Duplo" do Design Thinking ilustra essas etapas, desde o entendimento do problema até a solução. Os modelos de entrevistas variam conforme o momento, objetivo e possíveis resultados, tangibilizando seu uso prático.
Realizar boas entrevistas exige técnica e tempo. As dicas a seguir buscam incentivar a prática das entrevistas mais do que "capacitar" os interessados:
Olhar neutro: Observe situações rotineiras com neutralidade, como um extraterrestre aprendendo tudo do zero. Isso é vital, especialmente para equipes que já estão no campo, permitindo um olhar sem viés.
Evitar perguntas diretas no início: Perguntas diretas podem enviesar a conversa. Comece explorando o problema/contexto, permitindo que as necessidades e dores emerjam naturalmente. Evite perguntas de "sim ou não".
Compreender as causas: Entenda as causas dos problemas mencionados. Soluções que abordam as causas-raiz, em vez dos sintomas, são geralmente mais eficazes e inovadoras.
Observar o ambiente: Vá além da fala e da escuta: observe o ambiente e o contexto. Isso pode fornecer insights valiosos e ajudar a identificar novas perguntas durante a entrevista.
Não buscar relevância estatística: Entrevistas em profundidade são qualitativas, capturando novos insights e entendendo problemas complexos. Não as use para obter percentuais de respostas; isso limita o potencial de descoberta.
Realizar boas entrevistas em profundidade requer uma mente aberta para novas informações, mesmo que contrariem conhecimentos estabelecidos. Isso é fundamental para a inovação: novas perspectivas para resolver desafios complexos de negócios de forma autêntica e inovadora.
Mais interações reais e menos apresentações intermináveis em escritórios. Isso é #design para a #inovação.
A Avantt.i é uma plataforma de inovação desenvolvida pela Inventta, para gestores de inovação e gerentes de projeto.
Com módulos de intra, open e gestão do portfólio, oferecemos uma visão completa da Gestão da Inovação para alavancar suas iniciativas.